CULTURA E PÓS-MODERNIDADE
João Henrique Durando D.
Walter Aguila |
No Sujeito pós-moderno a
identidade se torna móvel, a mesa é
formada e transformada continuamente, o que hoje é uma cultura, amanhã
pode não ser, a cultura na pós modernidade se transforma em algo passageiro, ou
melhor, uma tendência. Na mesma proporção que uma cultura se inicia no começo
do ano, no final do ano tal cultura pode ser algo cafona, em desuso, ridículo,
ultrapassado. Tal questão é ainda mais acentuada na cultura do consumo que é
uma característica intrínseca das culturas pós modernas. A globalização é outro
aspecto da questão de identidade, que está relacionada ao caráter da mudança da
modernidade. As sociedades pós-modernas são constituídas em mudanças
constantes, rápidas, isto a diferencia da sociedade moderna. Nessa sociedade,
não há nenhum centro, nenhum princípio
único, o tudo e todo são
modicados e fragmentos a cada instante.
O consumo é a diretriz do
homem pós-moderno, o que se consome agora tem que ser substituído o mais
rápido possível. O ideal de consumo da sociedade capitalista não tem outro
horizonte, além da multiplicação do consumo por algo supostamente melhor. E
nessa perspectiva do melhor, a totalidade da liquidez do todo adentra nas
micros esferas das relações humanas, a substituição da moral cristã e das famílias agora faz parte de uma prática em
pleno vapor.
Perfil do homem
pós-moderno
Inserido na inovação
técnica, científica e marcada
pela liberdade capitalista do consumo, a democracia do mundo pós-industrial é
construída pelo o homem pós-moderno que é mergulhado na imensidão do mundo
voltado a ele. Um homem rodeado de direitos do eu e que dispõe de um aparato
sociocultural fortemente voltado para
ele. O homem pós-moderno representa o tempo que o Estado e a Igreja não representam mais nenhuma estrutura de
poder, a globalização do tudo modificou a totalidade especifica do todo, a
família já é não é a mesma, os divórcios, as pensões, a virgindade,
mercantilização do tudo, a inoperância da bíblia, fazem com que o homem o
pós-moderno seja algo ainda sem explicação, ou melhor um paradoxo que ao meu
ver pede explicação. (creio que as palavras
“estado” e a “igreja” possam ser
escritas com iniciais minúsculas, não
devido a uma questão de linguagem coloquial, ou norma culta, mais devido a sua
perda de poder na estrutura social atual)
Ideologias presentes na
vida do homem pós-moderno
Segundo (Barth 2007 p.95)
o sujeito pós-moderno segue uma ideologia presente nas esferas culturais de vida, tais esferas são: Materialismo, Hedonismo, Permissivismo,
Relativismo, Consumismo e por ultimo o Nihilismo. O homem pós-moderno é
caracterizado pelo prazer total, sem
afeto, o prazer acima de tudo, a qualquer preço. A busca incessante de
sensações novas e excitantes. Tudo é permitido, a busca do prazer e do
refinamento sem nenhum outro questionamento, afinal o que é o “questionamento”
no mundo pós moderno?, visto que os questionamentos morais e éticos são ligados
ao homem moderno e tal moderno já é superado, e foi substituído por novos valores morais e éticos.
O homem pós-moderno é
aberto ao todo, é homem dos motéis, das camisinhas, da pílula do dia seguinte,
do aborto, dos alucinógenos, do trabalho que pague melhor, da tecnologia que
inconscientemente mostre que ele é o melhor. O homem pós-moderno é dinâmico, não está preso as tradições identificadas como ultrapassadas ainda
mais as filosofias e ideias seculares,
mesmo assim o homem pós moderno não prega o fim das religiões, ele só não estar
apto a seguir uma religião em que o “eu” não seja o centro do tudo, pois o
pós-moderno significa o “EU”, o homem pós-moderno não serve a Deus, mas faz Deus servi a ele.
Dessa forma podemos analisar o
pós-moderno como sendo um nova estrutura
social tanto de identidade como de cultura. Mesmo sendo uma estrutura
aparentemente volátil e as vezes
complexa de ser entendida, como também por ser uma cultura que não é sustentada
em algo fixo, como foi o caso da modernidade, toda essa falta de estrutura faz
com seja entendida a pós-Modernismo como
ela é, ou seja, uma metamorfose incansável das estruturas sociais em plena
convulsão.
BIBLIOGRAFIA
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