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CULTURA E PÓS-MODERNIDADE



João Henrique Durando D.


Walter Aguila
No século 20  a sociedade  moderna  era constituída de maneira sólida, por conta das paisagens culturais que se apresentavam de forma bem definidas  por classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade. Fornecendo-nos geograficamente e sociologicamente as localizações  de identidade e poder nos indivíduo. No final do século 20 as paisagens culturais começaram a se fragmentar e a modificar, devido ao avanço tecnológico da ciência como um todo e mais especificamente das comunicações e transporte que  possibilitaram  as transformações  das identidades pessoais em algo liquido  e com isso abalando e modificando a ideia que temos de nós mesmos como sujeitos integrados a uma cultura sólida, estática e muitas vezes dogmática (Barth 2007 p.90. 20-)

No Sujeito pós-moderno a identidade se torna móvel, a mesa é  formada e transformada continuamente, o que hoje é uma cultura, amanhã pode não ser, a cultura na pós modernidade se transforma em algo passageiro, ou melhor, uma tendência. Na mesma proporção que uma cultura se inicia no começo do ano, no final do ano tal cultura pode ser algo cafona, em desuso, ridículo, ultrapassado. Tal questão é ainda mais acentuada na cultura do consumo que é uma característica intrínseca das culturas pós modernas. A globalização é outro aspecto da questão de identidade, que está relacionada ao caráter da mudança da modernidade. As sociedades pós-modernas são constituídas em mudanças constantes, rápidas, isto a diferencia da sociedade moderna. Nessa sociedade, não há nenhum centro, nenhum princípio  único, o tudo e todo  são modicados  e fragmentos a cada instante.  

O consumo é a diretriz do homem pós-moderno, o que  se  consome agora tem que ser substituído o mais rápido possível. O ideal de consumo da sociedade capitalista não tem outro horizonte, além da multiplicação do consumo por algo supostamente melhor. E nessa perspectiva do melhor, a totalidade da liquidez do todo adentra nas micros esferas das relações humanas, a substituição  da moral cristã e das  famílias agora faz parte de uma prática em pleno vapor.

Perfil do homem pós-moderno

Inserido na inovação técnica, científica e marcada pela liberdade capitalista do consumo, a democracia do mundo pós-industrial é construída pelo o homem pós-moderno que é mergulhado na imensidão do mundo voltado a ele. Um homem rodeado de direitos do eu e que dispõe de um aparato sociocultural  fortemente voltado para ele. O homem pós-moderno representa o tempo que  o Estado e a Igreja  não representam mais nenhuma estrutura de poder, a globalização do tudo modificou a totalidade especifica do todo, a família já é não é a mesma, os divórcios, as pensões, a virgindade, mercantilização do tudo, a inoperância da bíblia, fazem com que o homem o pós-moderno seja algo ainda sem explicação, ou melhor um paradoxo que ao meu ver pede explicação. (creio que as palavras  “estado” e a “igreja” possam  ser escritas  com iniciais minúsculas, não devido a uma questão de linguagem coloquial, ou norma culta, mais devido a sua perda de poder na estrutura social atual)

Ideologias presentes na vida do homem pós-moderno

Segundo (Barth 2007 p.95) o sujeito pós-moderno segue uma ideologia presente nas esferas culturais  de vida, tais esferas são:  Materialismo, Hedonismo, Permissivismo, Relativismo, Consumismo e por ultimo o Nihilismo. O homem pós-moderno é caracterizado  pelo prazer total, sem afeto, o prazer acima de tudo, a qualquer preço. A busca incessante de sensações novas e excitantes. Tudo é permitido, a busca do prazer e do refinamento sem nenhum outro questionamento, afinal o que é o “questionamento” no mundo pós moderno?, visto que os questionamentos morais e éticos são ligados ao homem moderno e tal moderno já é superado, e foi substituído  por novos valores morais e éticos.

O homem pós-moderno é aberto ao todo, é homem dos motéis, das camisinhas, da pílula do dia seguinte, do aborto, dos alucinógenos, do trabalho que pague melhor, da tecnologia que inconscientemente mostre que ele é o melhor. O homem pós-moderno  é dinâmico, não está preso as tradições identificadas como ultrapassadas ainda mais as  filosofias e ideias seculares, mesmo assim o homem pós moderno não prega o fim das religiões, ele só não estar apto a seguir uma religião em que o “eu” não seja o centro do tudo, pois o pós-moderno significa o “EU”, o homem pós-moderno não serve a Deus, mas  faz Deus servi a ele.

Dessa forma podemos analisar o pós-moderno como  sendo um nova estrutura social tanto de identidade como de cultura. Mesmo sendo uma estrutura aparentemente volátil  e as vezes complexa de ser entendida, como também por ser uma cultura que não é sustentada em algo fixo, como foi o caso da modernidade, toda essa falta de estrutura faz com  seja entendida a pós-Modernismo como ela é, ou seja, uma metamorfose incansável das estruturas sociais em plena convulsão.

           

BIBLIOGRAFIA


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